Sunday, March 11, 2007

Viagens e crescimento pessoal

Entre os e-mails que estava recebendo ultimamente, alguns deles me chamaram a atenção. Eram apresentações em PowerPoint de fotos de vários lugares, no Brasil e no exterior, com pequenas descrições dos lugares e algumas informações interessantes. Gostei de conhecer um pouco sobre Frankfurt e também gostei de conhecer por fotos a região de Urubici em Santa Catarina, bem próximo de nós. Depois que descobri o site do autor (http://www.viajandopelomundo.com) descobri que ele fez outras viagens interessantes: Interior Gaúcho, Baden e os Bosques de Viena, etc...

Fiquei louco para adquirir uma nova máquina fotográfica, e a sonhar com uma próxima viagem à Urubici, e a reavivar a vontade de conhecer a Europa, conhecer Frankfurt, que é uma cidade de 800 mil habitantes, nada que possa nos assustar. Talvez São Paulo seja uma cidade mais assustadora para o europeu, acostumado a viver em cidades mais organizadas e seguras.

Considero-me uma pessoa do mundo, e estranho muito os protestos contra o Presidente dos Estados Unidos, que deveríamos receber com cortesia, pois assim é que se trata um forasteiro. Este é um preceito maçônico, mas antes de tudo universal. Na área náutica, é obrigatória a ajuda a qualquer embarcação ou pessoa em dificuldade, não importando a sua procedência. Existe uma solidariedade no mar, assim como se vê nos esportes, principalmente nas Olimpíadas, onde vale o congraçamento entre as equipes e os atletas do mundo inteiro.

Conhecer um país é descobrir culturas e novos modos de pensar. É ver o resultado de anos de evolução daquela cultura, e observar, através dos hábitos, da manifestação artística, da arquitetura, das cidades, dos parques e do modo como interagem com a natureza, um instantâneo da personalidade cultural de um povo. Gosto de ver as roupas, os rostos, os penteados, o jeito de agir, de caminhar, de cumprimentar, etc... Gosto de imaginar como vivem. Gosto de ver os livros que lêem, as casas, os restaurantes, o atendimento, etc... etc... Gosto de sentir a sensação de “já ter estado” naqueles lugares. Gosto de sentir os cheiros. Acho que cada país tem seu cheiro. Desde pequeno quando ia na fronteira com a Argentina eu gostava de sentir o cheiro da Argentina, e a mesma coisa no Uruguai. Como é bom também ouvir a música, ouvir pessoas falando outras línguas e, melhor ainda, poder trocar algumas palavras com essas pessoas. São prazeres que não tem preço.

Numa viagem, um bom observador não fica indiferente a nada. Somos generosamente bombardeados sensorialmente, e não há como ficar indiferente a isso. Ouvir, cheirar, ver, tocar pessoas, coisas e objetos em lugares tão distantes é uma aventura fascinante. Penso na sensação de tocar uma parede na Capela Sistina. Passar por lugares, ruas, vielas ou calçadas, pensando que por muitos séculos pessoas deixaram ali suas vibrações pessoais, é uma sensação que me fascina. Ver o antigo e o novo, um museu e um edifício moderníssimo é como ver gerações tão separadas pelo tempo convivendo ali diante de nossos olhos.

Num dos livros do Tom Peters, ele conta que gosta de andar a pé nas cidades que visita. Concordo com ele quando diz que este é o melhor meio de conhecer um lugar. Temos que ver tudo: as casas, os estabelecimentos comerciais, os cartazes, visitar um supermercado, ver os alimentos, as bebidas, etc... etc... Caminhando podemos ver muito mais do que num automóvel ou qualquer outro meio. Mas é claro que temos que experimentar os meios de transporte para poder ver mais em menos tempo. E não esquecer de perguntar sobre a economia do lugar, qual é a vocação da região, pois com isso podemos descobrir do que vivem as pessoas, que formação elas tem, e muito mais.

Viajar para mim é tudo isso, e tem que ser tudo isso. Resumindo, é abrir-se ao desconhecido, ver os olhos das pessoas e, mentalmente lhes dizer: eu também estou aqui, novamente, e foi bom te encontrar e saber que estás bem. Fica com Deus, e até um dia. Quem sabe!

1 comment:

Anonymous said...

Muito legal o que tu escreveu aqui, pai!
Eu tenho viajado bastante, mas na correria do trabalho acabo nao conhecendo direito nem as pessoas, nem os lugares do jeito que gostaria. Vou tentar fazer as coisas um pouco diferente...

E quando vai ser a viagem para Urubici???